Ontem, as 16:30 da tarde rumo ao Largo do Arouche, em SP, trafegando pela Avenida 23 de Maio, num transito relativamente moderado, me deparei com o cenário da foto.
Rapidamente saquei a tampa da maquina e consegui registrar rapidamente parte da pichação. Fiquei me questionando o que estava pensando quem fez os desenhos. Será que se referia a humanidade? Ou aos políticos? Tanto horário político me leva a pensar no meu ÍNDICE de rejeição à política. No começo da campanha meu índice de rejeição a todos os candidatos era de 99%.
Minha margem de tolerância para assistir ao horário político no começo da campanha era de 6%, depois caiu para 1% e nos últimos dias de apresentações de propostas a deputados, senadores, governadores e presidentes aumentou para 100%. Cheguei a triste conclusão que era necessário tirar a venda da alienação para enxergar a exaustiva realidade. Um país com a dimensão do Brasil, com a importância verde diante do mundo, continua com a SÍNDROME DE PAÍS VIRA-LATAS, embora tenha a possibilidade de ser um país com melhores representantes no cenário político. Homens de marca, com filosofias de vida sedimentadas, não desejam levar seus nomes a um cenário chulo e exposição pública que podem a qualquer momento tornar suas vidas um vendaval social ou um tsunami moral.
Fatos são distorcidos, eventos simples se transformam em releituras maldosas. Ou seja, diante desse gigante país, tentam nos representar, pessoas completamente despreparadas. Imaginem só... se o nível presidencial está abaixo do mínimo permitido minha mente aceitar, quem dirá os outros cargos políticos. Embrulha meu estômago verificar a insolência de um Tiririca cheio de humor, num picadeiro, onde os palhaços somos nos eleitores. Tirei a venda que escondia a minha "vergonha alheia" e a cada dia que assisti ao horário político, mais cheguei a conclusão que vale tudo para ser eleito. Qualquer promessa vale.
Ai meu Deus! Obrigado por ter me livrado sempre da tentação de ter um dia pensado em me candidatar a um cargo político.